segunda-feira, 10 de setembro de 2012


  A chegada ao porto de Itajaí

Os que se destinavam às Colônias de Blumenau e de Brusque aportavam em Itajaí, onde eram recebidos e alojados em barracões. Segundo (Grosselli - 1987) “A colônia dispunha de três casas de recepção no porto marítimo. Duas eram construídas de madeira e uma de madeira com a frente de tijolos, todas cobertas com telhas. “Dispunham de uma construção para as cozinhas e duas latrinas cobertas de telhas”. Em Itajaí, os imigrantes eram recepcionados  e encaminhados aos tradicionais galpões, localizados nas imediações da barra do rio Itajai-Mirin, um afluente do Itajai-Açú, à sua margem direita. Aguardava-os também em muitas ocasiões um intérprete.  Ao chegarem aos barracões de hospedaria, os imigrantes tinham a seguinte visão do lugarejo (Itajaí) segundo relato do Senhor Flores em entrevista concedida no ano de 1905: (Fonte consultada: Prefeitura de Itajaí e Gov. de Santa Catarina). “Quando veio morar no povoado, nos terrenos que é o atual perímetro urbano que esta  cidade abrange e que, como sabem atinge à dois quilômetros, a contar da Igreja Matriz, para todos os lados, exceto para o rio que fica a muito pequena distância, contavam-se umas cinqüenta casas, entrando neste número, pequenos ranchos miseráveis que, além de serem cobertos por palha, compunham-se de um só compartimento com paredes feitas apenas de ripas fincadas junto as outras [...] Por entre as casas, algumas eram rodeadas de algodoeiras (fiava-se algodão e tecia-se um pano forte e muito apreciado que se chamava riscado da terra) viam-se extensos brejos, cuja vegetação alterosa e inextricável, em certos pontos, pareciam nunca ter sido drenados completamente; vários caminhos e trilhos tortuosos em inúmeras direções; meia dúzia de engenhos de fazer farinha de mandioca; grupos de cafezeiros, laranjeiras e bananais; roças de mandioca, feijão e milho, mais que tudo capoeiras de todas as alturas. “As roças e mesmo muitos quintais das casas não tinham cercas: preferia-se criar o gado vacum e cavalar à corda ou longe das plantações a solta.”

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